"Se sou feliz? Ah, sou. Tenho um pacto com a vida. Gosto dela do jeito que ela se apresenta. Confesso que têm dias que a casa cai e que a escuridão parece eterna, mas logo amanhece e o sol me lembra que o essencial para permanecer viva é acreditar na vida e ir mudando conforme o script... Um pouco de experiência outro pouco de lembrança!" (trecho do texto de Daniela Cunha, "Feliz, felicidade", Diário Catarinense, 05.11.10)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Como surgiu a expressão Tchê!

Amigosssssss!

Depois de um tempinho sem aparecer por aqui (foram várias as razões para esta ausência, na maior parte coisas boas que ocuparam por completo a minha vida vivida, hehehe) mas hoje retorno, com aquela dose de saudosismo, revivendo as lembranças do meu Rio Grande do Sul para divulgar a nossa linda cultura.

Recebi por e-mail da mana Guta o seguinte texto sobre a origem da expressão "tchê". O e-mail, no entanto, não citava fonte nem autor... Procurei o texto pela internet e acabei encontrando inúmeras reproduções... Ao final, cito um blog e um site que apresentaram a matéria.

De qualquer modo, é interessantíssima a história e agora me alegra mais ainda poder dizer um "TCHÊ" bem forte pra gauchada amiga!!

Uma linda semana a todos e mando daqui desejos de uma vida cada vez mais vivida e cheia de "tchês" por aí!

Até breve!




Como surgiu a expressão Tchê!


Sotaques e regionalismos na hora de falar são conhecidos desde os tempos de Jesus. Todos na casa do sumo sacerdote reconheceram Pedro como discípulo de Jesus pelo seu Jeito "Galileu" de se expressar.
No Brasil também existem muitos regionalismos. Quem já não ouviu um gaúcho dizer: "Barbaridade, Tchê"? Ou de modo mais abreviado "bah, Tchê"?
Essa expressão, própria da gauchada, tem um significado muito curioso.
Para conhecê-lo, é preciso falar um pouquinho do espanhol, dos quais os gaúchos herdaram seu "Tchê".
Há muitos anos, antes da descoberta do Brasil, o latim marcava acentuada presença nas línguas européias como o francês, espanhol e o português. Além disso o fervor religioso era muito grande entre a população mais simples.
Por essa razão, a linguagem falada no dia, era dominada por expressões religiosas como: "vá com Deus", "queira Deus que isso aconteça", "juro pelo céu que estou falando a verdade" e assim por diante.
Uma forma comum das pessoas se referirem a outra era usando interjeições também religiosas como: "Ô criatura de Deus, por que você fez isso"? Ou "menino do céu, onde você pensa que vai"? Muita gente especialmente no interior ainda fala desse jeito.
Os espanhóis preferiam abreviar algumas dessas interjeições e, ao invés de exclamar "gente do céu", falavam apenas Che! (se lê Tchê) que era uma abreviatura da palavra caelestis (se lê tchelestis) e significa do céu. Eles usavam essa expressão para expressar espanto, admiração, susto. Era talvez uma forma de apelar a Deus na hora do sufoco. Mas também serviam dela para chamar pessoas ou animais.
Com a descoberta da América, os espanhóis trouxeram essa expressão para as colônias latino-americanas. Aí os Gaúchos, que eram vizinhos dos argentinos e uruguaios acabaram importando para a sua forma de falar.
Portanto exclamar "Tchê" ao se referir a alguém significa considerá-lo
alguém "do céu". Que bom seria se todos nos tratássemos assim. Considerando uns aos outros como gente do céu.


Fonte:

Rodrigo P.Silva e Lisliê V. Silva Inspiração Juvenil 2005 pag.239

Texto encontrado no site www.portaldatradicao.com.br e no blog www.sonhosealegrias.blogspot.com